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O Tarô realmente funciona?

TEXTO ORIGINAL DE

https://tarotdiario.wordpress.com/2014/08/31/por-que-o-taro-funciona/

Essa é uma questão que não pode ser respondida na esfera das certezas, mas na esfera das suposições – como, aliás, tantas coisas ao nosso redor. Ainda assim, há boas hipóteses, sobre as quais gostaria de discorrer brevemente.

A verdade é que o tarô é apenas uma ferramenta para acessar o inconsciente – o nosso e o coletivo. Para acessá-lo, é possível usar outros métodos, como tantos que existem – runas, leitura de borra de café, de nuvens… qualquer coisa que produza um evento aleatório serve ao propósito. No entanto, o tarô, como método adivinhatório, é muito rico, pois suas 78 lâminas, com significados “gerais” previamente atribuídos a elas, são um método muito prático de fazer uma leitura do inconsciente. E se considerarmos que cada carta pode ter dois sentidos, dependendo de sua posição (de pé ou virada), então um jogo com apenas uma carta de tarô possibilita 156 respostas.

A matemática do tarô é incrível, pois, em um simples jogo de 2 cartas, há 6.006 respostas/estímulos possíveis (78 x 77), e, em um jogo de 3 cartas, são 456.456 possibilidades (78 x 77 x 76). Já o jogo clássico da Cruz Celta permite um total de… 4.566.176.969.818.460.000 resultados! Sim, 4 quintilhões de resultados. Isso tudo sem usar cartas revertidas. Com cartas revertidas, o jogo celta possibilita um número 1024 vezes maior de resultados. As chances de alguém tirar um jogo celta que já foi tirado alguma vez na história é praticamente nula.

Voltarei a essa incrível matemática em outro post, mas, por hora, os cálculos são só para dizer por que eu prefiro o tarô a outros métodos adivinhatórios. Voltemos à questão do por quê ele funciona. O tarô é uma chave que abre a porta divisória entre o consciente e o inconsciente, e permite que nós ultrapassemos a barreira do consciente para chegar a questões que estão escondidas ou esquecidas dentro de nós mesmos. Em seu livro “O homem e seus símbolos”, há uma parte muito interessante em que Carl Jung afirma que “podemos alcançar o centro de qualquer um dos pontos da circunferência, a partir do alfabeto cirílico, de meditações sobre uma bola de cristal, de um moinho de orações dos lamaístas, de uma pintura moderna (…).” Segundo o autor, o importante é o processo de livre associação desencadeado quando se usa qualquer uma dessas ferramentas. Místicos de todas as eras coincidem na afirmação de que “a resposta está dentro de nós mesmos”. Assim, o tarô serve, meramente, para levantar o véu.

Dito isso, fica a segunda pergunta: então por que o tarô também funciona quando lemos a sorte de outra pessoa? Como é possível ver pelas cartas acontecimentos tão íntimos e pessoais da vida dos outros? Ainda na seara da incerteza, me arrisco a dizer que isso deve-se a outros princípios tão bem explorado por místicos, o de que estamos todos interconectados, de que somos todos um, de que o Universo está em nós e nós, no universo. A esse respeito, a física quântica tem servido para pôr de ponta cabeça nossas ideias newtonianas sobre o universo. Nos últimos anos, vários fenômenos incríveis tem sido mostrados pela física quântica: partículas que mudam de estado quando observadas, que estão em dois lugares ao mesmo tempo, ou que estão conectadas a outras à distância (“emaranhamento quântico”). Talvez, no futuro, possa ser possível provar por A + B como se dá o processo de conseguir “ler a sorte” alheia, mas, por enquanto, acredite: funciona. Para aprofundar seu conhecimento sobre física quântica, recomendo um livrinho excelente e didático, que fará você enxergar o mundo de uma forma diferente: “Quem se atreve a ter certeza?”, de José Pedro Andreeta e Maria Andreeta.

Se você estiver convencido de que o tarô funciona, aproveite essa rica ferramenta e mergulhe em uma viagem de auto-conhecimento e desenvolvimento. Você não vai se arrepender!


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